A quinta edição do Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos da ABIMAQ ocorreu nesta segunda-feira (30 de setembro), contando com a forte presença de líderes de áreas estratégicas para dialogarem novas tendências da indústria e apresentarem os novos desafios do setor.
Durante a abertura o presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, João Carlos Marchesan, afirmou que com o governo fazendo sua parte como investimentos na infraestrutura, a indústria responderá com o desenvolvimento.
A indústria de máquinas e equipamentos é representada no Congresso Nacional pelo deputado federal Arnaldo Jardim, presente na abertura do evento, destacando na sua fala: a baixa taxa Selic, o acordo Mercosul-União Européia, a reforma da previdência, o ajuste fiscal, o andamento da reforma tributária, como elementos necessários da macroeconomia para fazer o Brasil voltar a crescer. “Acreditamos na abertura de mercado, mas é preciso salvaguarda aos setores que necessitam de mais apoio governamental, em virtude do estágio atual da economia”, destaca.
O evento teve como tema ‘Cenários para uma Indústria em Transformação’, após a abertura palestrou o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, expressando a preocupação do governo atual em trabalhar na macroeconomia. Para Costa, o país ficou estagnado enquanto o mundo cresceu e citou problemas com a infraestrutura como um fator comprometedor da situação econômica atual e incentiva a plateia anunciando investimentos em desburocratização do governo nas áreas de cabotagem de portos, telecomunicação, mercado de gás e saneamento, o que irá refletir em melhores negócios para a indústria em geral.
Durante todo o discurso, Costa deixou claro que o papel do governo é estimular a economia por meio do investimento privado, reduzindo a ingerência deste na indústria, o que melhora a visão dos negócios. E destacou como exemplo, a Lei de Liberdade Econômica. Por fim, o secretário apresentou quadros com as propostas do governo que estão em desenvolvimento nas áreas de infraestrutura, inovação, capital humano, concorrência e ambiente de negócios.
Em meio a tanto discurso positivo a plateia ficou intrigada com algumas falas do secretário quando diz que o governo atual trabalha para a retomada do Brasil ao capitalismo, uma vez, que muitos sistemas de controles como o eSocial e o Bloco K são ferramentas socialistas e condenam a indústria a pagar uma conta social que não lhes pertence. "Capitalismo versus socialismo, que conversa bizarra, arcaica", disse o economista Paulo Rabello de Castro durante o debate que entraram na sequência no painel Transformações na Estrutura Produtiva, o qual falaremos em outro texto.
Eliane Bastos
Editora do Portal Feiras Industriais