Em 27 de junho é celebrado o Dia das Micro, Pequenas e Médias Empresas, dia definido por meio da Resolução 71/279, da Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 6 de abril de 2017. A data ressalta a importância desse setor na economia local e global. Vale destacar que nos países desenvolvidos tais empresas são fundamentais do ponto de vista socioeconômico; e no Brasil, segundo o Ministério da Economia, representam mais de 95,0% dos negócios, gerando cerca de 55,0% dos empregos, 40,0% da massa salarial e respondem por aproximadamente 30,0% do Produto Interno Bruto (PIB).
Sendo assim, pode-se ressaltar a importância dessas empresas para a economia brasileira, e que estas estão muito presentes no dia a dia dos brasileiros, seja na lanchonete, na barbearia, na padaria, no açougue, nos pequenos mercados, entre outros.
O fato desses empreendimentos estarem sempre presentes no cotidiano dos brasileiros promove uma melhoria e valorização do comércio local, com impacto positivo no desenvolvimento social.
Torna-se importante mencionar que essa movimentação só é possível graças ao Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que também é conhecida por Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, criada em 2006 e que regulamenta o tratamento diferenciado dado às empresas do setor.
O principal objetivo da mencionada lei é incentivar o desenvolvimento das micro e pequenas empresas e dos microempreendedores individuais, incluindo o pequeno produtor rural pessoa física e o agricultor familiar. Com isso, tem-se um aumento da competitividade desses negócios, além da geração de empregos, renda, diminuição da informalidade dos negócios, inclusão social e o fortalecimento da economia como um todo.
Portanto, a data comemorativa do dia 27 de junho busca sensibilizar os brasileiros para a importância das Micro e Pequenas Empresas e celebrar sua contribuição para a economia nacional.
Do ponto de vista do empreendedorismo, há que se parabenizar e incentivar os empresários que são agentes dessas mudanças e que apostam no crescimento de um país mais próspero, com maior liberdade para os negócios, acesso facilitado ao crédito quando necessário e apoio para inovar constantemente.
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), em torno de 40,0% dos empreendedores brasileiro, seja de micro, pequenas e médias empresas, atuam no setor de serviços. Entretanto, a pandemia de Covid-19 desencadeou uma severa crise econômica e muitos empreendimentos foram impactados negativamente, ao passo que outras se reinventaram e várias surgiram a partir do aproveitamento imediato de oportunidades identificadas.
Ainda há uma enorme alameda a ser percorrida para se chegar às condições ideais para atuação das micro, pequenas e médias empresas no Brasil. É fundamental que haja uma desburocratização na abertura de empresas e no pagamento de taxas e impostos. Além disso, há necessidade de se ter uma ampliação nas linhas de crédito, com taxas mais acessíveis, e mais do que nunca, promover e incentivar o ensino do empreendedorismo nas escolas, em todos os níveis.
Parabéns às Micro, Pequenas e Médias Empresas e a todos os Empreendedores brasileiros!
Nelson Roberto Furquim é professor de Administração do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) está na 71a posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa Times High Education 2021, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Comemorando 70 anos, a UPM possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.