por Daniela Coelho*

Novembro de 2022 – Com a rotina retornando após a pandemia, temos visto a volta dos eventos presenciais. São feiras, conferências e congressos que estavam represados e voltaram a marcar presença na agenda do mundo corporativo. É inegável a vantagem que o contato pessoal tem: estimula o networking e as interações, além de promover um clima que nenhuma versão on-line consegue traduzir.

Como consequência, alguns hábitos foram retomados nesses eventos. Percebe-se que os velhos brindes ainda existem! Sacolinha, folders, imãs, adesivos... É uma enxurrada de coisas e, às vezes, sem muita utilidade. As pessoas saem carregadas de objetos que possivelmente irão jogar fora assim que chegarem em casa. Claro que existem os que possuem alguma serventia, como as canetas e os caderninhos. Mas, esse tipo de brinde é algo que possivelmente já temos em casa. E, certamente, será suficiente para usar por muitos e muitos anos.

Será que não existem alternativas? Da pandemia para cá, os temas relacionados ao ESG (em português, Meio Ambiente, Social e Governança) explodiram e, consequentemente, as organizações voltaram suas ações para se adaptarem a esta nova demanda de investidores e outros stakeholders. Então, por que não aproveitar essa agenda para também pensar em brindes mais sustentáveis e úteis?

Pior ainda é quando o próprio evento possui alguma palestra sobre ESG, sendo que a água e o cafezinho são servidos em copos plásticos. É uma desconexão entre o discurso e a prática que deveria envergonhar os organizadores mais atentos. Algumas pessoas podem pensar: mas esses copinhos não serão reciclados?

As taxas de reciclagem ainda precisam evoluir. Os dados variam bastante. Segundo a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), apenas 23,1% dos resíduos plásticos pós-consumo foram reciclados em 2020 no Brasil. Já a WWF Brasil indica que foram geradas 11,3 milhões de toneladas de plástico em 2019, mas apenas 145 mil foram recicladas em território nacional, ou seja, 1,3%. Independente de qual seja o melhor dado, temos ao menos que 77% do plástico gerado não é reciclado. Ou seja, estará por décadas e décadas nos aterros sanitários, lixões, oceanos e rios.

Talvez um ponto difícil de resolver nessa história toda seja que as pessoas gostam dos brindes. Temos que reconhecer esse fato. E esse é um dos motivos pelas quais as empresas seguem com tal estratégia de divulgação. É uma forma de fixar a marca e o cliente se sente valorizado. Embora não seja incomum encontrar os que vão atrás dos stands somente pelos mimos dados pelas empresas, ou seja, pouco interessados, de fato, nos produtos e serviços que elas têm a oferecer, não sendo, então, um cliente em potencial. Mesmo com essa situação, o brinde ainda segue como uma forma da marca de se destacar.

Obviamente não se espera que as empresas deixem de usar os brindes e as pessoas deixam de pegá-los. Porém, as organizações precisam ser mais criativas ao pensarem em como se promoverem nos eventos. Há uma infinidade de opções além das tradicionais sacolinhas. Não ir por um caminho mais sustentável é jogar a marca literalmente no lixo, piorando a situação dos resíduos no planeta. 

*Daniela Coelho é diretora de Gestão de Riscos e ESG da Protiviti, empresa especializada em soluções para gestão de riscos, compliance, ESG, auditoria interna, investigação e proteção e privacidade de dados.

Fonte : Assessoria Imprensa

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O setor de eventos é responsável por mais de 4% do PIB brasileiro - foi um dos mais prejudicados no período da pandemia. A estimativa é que cerca de 97% das empresas desse setor foram prejudicadas, diminuindo o faturamento em cerca de R$ 230 bilhões em 2020 e 2021.

Agora que a grande maioria da população se vacinou, o número de casos e óbitos por Covid-19 despencou e o setor de eventos voltou às atividades presenciais a todo vapor. Porém, é sabido que os eventos online permanecem bastante ativos e para conhecer mais o comportamento dos públicos nesta retomada dos eventos, que a empresa de pesquisa, Opinion Box foi ao mercado fazer um amplo levantamento sobre o tema.

Um dos pontos pesquisados foi o fator essencial para a retomada dos eventos, que são as divulgações, para isto, se perguntou aos entrevistados, como a pessoa se informa sobre os eventos que gostaria de participar, e 66% das pessoas afirmaram ser pelas redes sociais.

Isso mostra como é importante que os eventos sejam divulgados nessas plataformas, focando no tipo de público que deve ser atingido e, assim, traçando estratégias para que essas pessoas sejam impactadas e engajadas.

E por falar em redes sociais, o impacto delas sobre o público é tão forte que, atualmente, muitos eventos que acontecem de forma online ou offline com transmissões ao vivo nessas plataformas. 

É o caso do Festival Primavera Sound, por exemplo, que acontecerá em São Paulo nos dias 5 e 6 de novembro e terá uma transmissão gratuita e exclusiva no TikTok. É muito interessante acompanhar esse movimento, pois há poucos anos esses eventos eram transmitidos somente na TV, por exemplo.

Isso mostra uma possível mudança no comportamento dos usuários, que foi intensificada na pandemia e possivelmente veio pra ficar.  

Outra novidade que pouco a pouco vem ganhando mais espaço no mundo virtual é o surgimento dos eventos no Metaverso.

O termo Metaverso é usado para designar um ambiente totalmente virtual que replica a realidade. Com isso, muitas empresas já estão aproveitando para lançar plataformas para que as marcas utilizem o Metaverso para os seus eventos.

Assim, os participantes têm a oportunidade de acompanhar congressos, feiras de negócios e cursos, por exemplo, além de poderem interagir com outros usuários. Esse movimento pode acarretar, até mesmo, no surgimento de novas profissões, como diretores de eventos focados no metaverso.

E o público aparentemente está curioso com esse novo universo: 46% teriam interesse por um show da sua banda preferida no mundo virtual.

Outro ponto que chamou ainda mais a atenção foram os eventos no Metaverso relacionados ao trabalho, de acordo com a pesquisa, 59% das pessoas afirmam que participariam de congressos  da sua área pelo metaverso.

O relatório ainda informa que 59% das pessoas deixaram de ir aos eventos presenciais durante a pandemia, porém 47% afirmam que já retornaram a participar dos eventos presenciais. Abre agora uma nova questão sobre aqueles que ainda não voltaram aos eventos presenciais.

As pessoas que não se sentem confortáveis em frequentarem eventos de qualquer tipo representam 2% das entrevistadas nas pesquisas. Ainda que seja uma parcela razoavelmente pequena, a empresa buscou entender o que levaria essas pessoas a voltarem aos eventos presenciais.

De acordo com a pesquisa, entre essas pessoas, 27% afirmaram que, o que motivaria a volta aos eventos presenciais, seria ter mais dinheiro para frequentar esses eventos. Além disso, 24% disseram que a motivação principal para isso seria a pandemia ter acabado de vez.

Como deu pra perceber, os dados mostram que as expectativas para as transformações do mercado de eventos são animadoras e que ainda vem muita novidade por aí.

Se você é do setor de eventos ou trabalha com eventos no seu próprio segmento, olhe para os dados para embasar as suas estratégias e tirar o melhor do cenário atual! Acesse agora o relatório completo que fizemos em parceria com a Transformação Digitale veja todos os dados na íntegra!

Fonte : Ello Consultores/ELLOMKT

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